SINDICATO FORTE
Iniciativa faz parte de plano de ação do sindicato e busca levar soluções às empresas do setor. Programação vai discutir temas que envolvem gestão, competitividade e defesa do segmento
O Sindicato da Indústria da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia no Estado de Goiás (Sindcel), liderado pelo empresário Célio Eustáquio de Moura, estreou quinta-feira (17/08) o Café com Energia, programa destinado a discutir assuntos de interesse do setor. Nesta primeira edição, houve participação do superintendente do IEL Goiás, Humberto Oliveira; do gerente de Inovação do instituto, Joel Matos; e dos profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI) Getulio Junio (Flávio's Calçados e Esportes) e Gerardo Carvalho (Atacadão Dia a Dia). A iniciativa faz parte de plano de reposicionamento do sindicato, que busca agir de forma mais assertiva para levar soluções e defender o interesse de empresas do setor.
"Estamos com um novo planejamento e novas políticas na gestão do sindicato. São mudanças significativas e esse evento é uma das várias ações que vamos liderar com foco em agregar ainda mais valor à nossa atuação", afirmou Célio Eustáquio na abertura. O empresário explicou que o projeto vai trazer ao debate temas importantes ao segmento, intercalando a programação com foco nas empresas e profissionais e em parlamentares e agentes públicos. "Vamos ter uma agenda mista, debatendo as dores da indústria, mas também articulando a defesa do setor."
Na estreia, o Café com Energia abordou como a robotização de processos pode aumentar a produtividade das empresas. Para tanto, Joel Matos explicou como o IEL Goiás pode apoiar negócios nessa jornada de transformação digital. "Ajudamos as empresas a saírem dos números e ir para a prática e entendemos que a robotização de processos abre espaço para esses primeiros passos."
O gerente do IEL sustentou ainda que é preciso combater o senso comum de que há uma 'guerra' entre o trabalho humano e a máquina. "Na verdade, a tecnologia dá apetite ao empresário para crescer. É um habilitador para a transformação, ao aliar inovação a resultados", defendeu.
Nesse sentido, foram apresentados cases das empresas Flávio's Calçados e Esportes e Atacadão Dia a Dia. De acordo com Getulio Junio, o RPA (acrônimo inglês para Automação de Processos Robóticos) proporcionou uma economia de 45% do tempo gasto com cadastro de pedidos na Flávio's, além de zerar erros no processo e promover uma padronização nas informações. "Como resultado, foram mais de 8 mil horas economizadas, com o projeto se pagando em um ano."
A experiência do Atacadão Dia a Dia foi igualmente bem-sucedida. No atacarejo, a solução veio para corrigir um atraso de 40 dias para fechamento do caixa. Com a robotização do processo, a mesma atividade é hoje finalizada em 24 horas. "Tínhamos pelo menos 40 pessoas para executar um processo penoso e falho. Após seis meses de implantação e testes, hoje executamos o mesmo trabalho com apenas cinco profissionais. Isso gerou uma economia mensal de R$ 350 mil, com payback do investimento em três meses", afirmou Gerardo Carvalho.
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